quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Proposta prevê estágio obrigatório para alunos de medicina no SUS
 
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel 
         
Os estudantes de medicina terão de fazer estágio obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS). O estágio será na atenção básica, em urgência e emergência, e corresponderá a pelo menos 30% da carga horária prevista para o internato da graduação. Além disso, os alunos passarão a cada dois anos por avaliação obrigatória e classificatória para programas de residência médica. Essas são algumas das mudanças curriculares apresentadas hoje (26) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
No documento apresentado nesta quarta-feira, o CNE estabelece seis anos para a graduação, descartando as possibilidades apresentadas inicialmente pelo governo de que o curso tivesse a duração de oito anos.
A reformulação das diretrizes curriculares faz parte da Lei 12.871/2013, que instituiu o Programa Mais Médicos, no ano passado. O CNE ainda está recebendo as últimas sugestões e têm um mês para apresentar a
versão definitiva ao Ministério da Educação (MEC).  As diretrizes atuais foram definidas em 2001.
Pelas novas diretrizes, 35% da carga horária da graduação deverão ser voltadas à prática. Dessa carga, 30% serão no SUS. O restante da carga horária deverá incluir clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria, saúde coletiva e saúde mental. Quanto à avaliação dos alunos, será nacional, sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
As diretrizes estipulam também uma maior articulação com a residência médica, que terá como prioridade o atendimento no SUS. A partir de 2018, a residência deverá ser universalizada, ofertada a todos os egressos de 2017.
Os cursos de medicina em funcionamento terão prazo de um ano para implementar as diretrizes às turmas abertas, após a publicação das mudanças. Os estudantes matriculados, antes da vigência das novas regras, poderão graduar-se conforme as diretrizes de 2001 ou optar pelas novas, dependendo da instituição.
A expectativa, com o Mais Médicos, é a abertura de 11.447 vagas em cursos de medicina até 2017 — sendo 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares. Na residência, para a universalização, deverão ser ofertadas 12.372 novas vagas.
Presente na reunião de apresentação das diretrizes, a coordenadora-geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina, Monique França, disse que falta detalhamento das novas propostas, como, por exemplo, de que forma as aulas práticas serão melhoradas, e que devem ser levadas em consideração as especificidades de cada região do país.
A estudante também fez críticas à avaliação nacional. Segundo ela, uma única prova para todo o país não irá abordar aspectos regionais, e, sendo obrigatória e pré-requisito para a residência, poderá prejudicar os estudantes e levar ao ranqueamento das instituições avaliadas. "As atuais diretrizes foram discutidas por quase uma década, essas em 180 dias", ressaltou, dizendo que poucas propostas dos estudantes foram acatadas.
As escolas de medicina também fizeram considerações sobre a avaliação dos estudantes. A presidenta da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Janete Barbosa, destacou a importância das avaliações institucionais. "As especificidades das instituições devem ser levadas em conta. Isso é importante para que as escolas saibam onde se encontram mais fortes e mais frágeis e possam buscar apoio nesse sentido". Para Janete, o processo de implementação das novas diretrizes é "longo, estamos trabalhando com a formação, com valores".   
O pesquisador e professor de pós-graduação do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa José Lúcio Machado comparou a avaliação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - usado como vestibular nacional para ingresso no ensino superior - e disse que considera a iniciativa um avanço na entrada para a residência médica.
O secretário de Educação Superior e presidente da Comissão Nacional de Residência Médica, Paulo Speller, acredita que o fato de os estudantes terem de permanecer mais tempo atendendo pelo SUS forçará o sistema a se preparar para receber os alunos e profissionais. "Será necessária a infraestrutura adequada para o cenário de prática. Só podemos expandir as vagas nos novos cursos se tivermos como base uma infraestrutura adequada", disse.
A criação de vagas nas particulares, que terão a maior parcela, por meio de editais foi alvo de
críticas das instituições privadas.
Atualmente, o Brasil tem uma média de 1,8 médico por mil habitantes. Com o Mais Médicos, o objetivo é chegar a 2,7 médicos por mil habitantes em 2026, além da distribuição desses profissionais por áreas com déficit de médicos.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

RESUMO DOS JORNAIS DE HOJE, 01-02-2014 (SEXTA-FEIRA)

01 de fevereiro de 2014
Correio Braziliense


Manchete: MP vai à Justiça contra a operação tartaruga
Quatro associações de policiais militares e bombeiros suspeitas de insuflar a tropa a boicotar o atendimento às ocorrências e a fazer “corpo mole" no patrulhamento das ruas podem ser punidas pela Justiça. O movimento é considerado ilegal pelos promotores, e as lideranças da categoria são acusadas de contribuir para o aumento da violência. Caso a situação não volte à normalidade, as entidades poderão pagar multa de R$ 100 mil por dia. O comando da Polícia Militar também foi citado na ação do Ministério Público do Distrito Federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ofereceu ajuda federal a Brasília. (Págs. 1 e 19 a 21)

Agnelo envia oficiais às ruas para fiscalizar PMs (Págs. 1 e 20)


Água sobe além da inflação mês que vem (Págs. 1 e 27)


Mais grana para deputado torrar
Em ano eleitoral, a Câmara Legislativa aumentou em 7,76% a verba indenizatória dos deputados. Com o reajuste, os 24 parlamentares terão R$ 21.597 por mês para gastar com gasolina, contratação de consultorias e até aluguel de imóveis. (Págs. 1 e 22)
Consumidor: Trocas de voos põem aéreas sob investigação (Págs. 1 e 8)




Prejuízo: Ibovespa tem o pior janeiro desde 1995 (Págs. 1 e 9)


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Jornal do Commercio


Manchete: Água sobe pelo menos 8,7%
Valor acima da inflação proposto para o reajuste, que entra em vigor no dia 20 de março, é defendido pela Arpe, a quem cabe a palavra final sobre o percentual. A Compesa havia pedido um aumento de 15%, recusado pela agência. (Págs. 1 e economia 1)
Recompensa por vereadores foragidos
Disque-Denúncia oferece até R$ 2 mil por pistas que levem à prisão dos parlamentares que sumiram de Caruaru. (Págs. 1 e 4)
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Zero Hora


Manchete: Transporte público na capital: Sem trégua, greve continua
Assembleia dos rodoviários decide manter paralisação dos ônibus, rejeita acordo que previa suspensão do movimento por 12 dias, derruba grupo que havia assinado acordo e elege novos líderes para mobilização.

Confiando em acordo que previa 50% da frota nas ruas na sexta-feira, população teve de continuar recorrendo aos lotações e enfrentou longas filas para se locomover pela cidade.

Prefeito Fortunati queria auxílio da Brigada para ônibus circularem ou presença da Força Nacional de Segurança. Piratini negou os dois pedidos e afirmou que o caminho é o diálogo.

Encerrada a assembleia que decidiu manter a greve, no final da tarde, no Ginásio Tesourinha, rodoviários e manifestantes do Bloco de Luta pelo Transporte Público se uniram em protesto. (Págs. 1 e 4 a 6 e 10 (Rosane de Oliveira)

Jogo de xadrez: Copa, inflação, protestos e seus efeitos sobre a eleição Como as demandas herdadas de 2013 devem impactar o pleito de outubro. (Págs. 1 e cultura)
Como as demandas herdadas de 2013 devem impactar o pleito de outubro (Pág 1 e Cultura)